quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quando eu nasci

Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve Estrelas a mais...
Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe...

Sebastião da Gama

3 comentários:

Margarida disse...

Já me emocionou ... bolas ... logo de manhã ...
Beijos

Mamã disse...

Lindo... e é mesmo isso.

Anónimo disse...

Que poema tão bem escolhido... é maravilhoso.